A instalação de novas empresas maquiladoras no país poderia incrementar em pelo menos 50% a quantidade de mão de obra gerada pelo setor, segundo dados da Câmara de Empresas Maquiladoras do Paraguai (CEMAP). A indústria maquiladora emprega atualmente 10.600 pessoas.
A maior demanda de operários está nas confecções têxteis e montagem de autopeças, que de forma indireta podem chegar a beneficiar 70.000 pessoas, e que atualmente tem como número de beneficiados pelo menos 45.000 paraguaios, segundo a presidente da CEMAP, Carina Daher.
A mesma se referiu ao informativo da gestão de 2015 do Ministro da Indústria e Comércio, Gustavo Leite, que apresenta a expectativa de que neste ano se instalem no país em torno de 30 empresas maquiladoras, e a respeito disto afirma que “confiamos nesta expectativa, pois representantes do atual Governo tem demonstrado ganhos reais e contam com nosso apoio coo setor privado para promover o regime maquilador no exterior. Tal situação tem conseguido dobrar o número de empresas que vem apostar na mão de obra paraguaia”, assegurou. Complementou afirmando que apoiarão os interessados em investir no mercado nacional.
Daher também mencionou que o crescimento dos investimentos estão altamente relacionadas com a infraestrutura que o Governo pode oferecer e garantir.
“No setor em que estou, acreditamos na necessidade de estabelecer alianças público-privadas para agilizar a conquista de novos mercados e assim poder proporcionar maior força para o crescimento econômico do País”, afirmou.
EXPECTATIVAS
Jorge Bunchicoff, gerente geral da empresa Blue Design, empresa maquiladora do setor têxtil, relatou que “a maneira diferente que se esta tratando a indústria da área têxtil se baseia no mercado argentino, já que historicamente o Paraguai foi um vendedor para o País vizinho”. Também disse que o comércio argentino impôs obstáculos e como consequência muitas fábricas locais fecharam. “Hoje em dia, a abertura que existe como o novo governo de Maurício Macri, gera as mais altas expectativas para a criação de novos empregos e abertura de novas fábricas”, completou Bunchicoff.
Não obstante, o diretor asseverou que a regularização do comercio seria uma firma paulatina e poderia começar a ter efeito nos próximos 4 meses. “O mercado paraguaio pode voltar a 100% se as conjunturas forem positivas. Há em torno de 15 fábricas de médio a grande porte que voltariam a exportar para o mercado argentino”, sustentou.
Atualmente 100 empresas contam com programas aprovados pelo regime de maquila.
Fonte: La Nacion (tradução livre).